Diário dos Campos / O Progresso
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Título
Diário dos Campos / O Progresso
Assunto
Jornal; O Progresso; Diário dos Campos; Edições; Ponta Grossa
Descrição
Criado por Jacob Holzmann em 1907, “O Progresso” não foi o primeiro jornal a ser impresso e a circular em Ponta Grossa. Antes dele, outros jornais já haviam tentado se estabelecer na cidade, conforme aponta Valfrido Pilotto em seu “Ideais de Ontem da Cidade Sempre Jovem” (1973), o mais completo inventário já produzido a respeito da história da imprensa ponta-grossense. De acordo com os apontamentos nesse documento, o primeiro jornal fundado em Ponta Grossa foi o “Campos Geraes”, de 1893, depois ainda vieram o “Gazeta dos Campos” (1899) e um novo “Campos Geraes” (1900). Todos, porém, não conseguiram sobreviver além das primeiras edições.
Pode-se dizer que, ao circular pela primeira vez, em 27 de abril de 1907, “O Progresso” – que a partir de 1913 passaria a se chamar “Diário dos Campos” – inaugurou, efetivamente, a história do jornalismo impresso em Ponta Grossa, na medida em que o jornal – inicialmente publicado duas vezes por semana e, posteriormente, com circulação diária – se consolidou como primeiro veículo de comunicação local, ocupando exclusivamente essa condição até o início da década de 1940.
Pelo “O Progresso”/”Diário dos Campos” passaram – nas primeiras décadas do século XX – grandes nomes do jornalismo paranaense, como: Hugo Reis, Raul Gomes, Teixeira Coelho, José Cadilhe e Wilson Martins. No conjunto, atuaram como jornalistas, redatores, cronistas, repórteres, poetas, contistas, colunistas ou, até mesmo, colaboradores pontuais. Além de trazer informações sobre acontecimentos nacionais e internacionais (copiados de jornais de grande circulação), o periódico fundado por Jacob Holzmann se caracterizou por narrar o cotidiano local e regional.
Notícias e análises do mundo político ponta-grossense (uma das grandes marcas do jornal nesse período), uma extensa cobertura sobre o campo cultural, sobre o desenvolvimento econômico e também a respeito das disputas esportivas – em especial sobre as escaramuças nos gramados locais – fizeram parte das páginas do jornal. Da mesma forma, o universo policial, o comportamento social, o que então se chamava de ‘mundo feminino’, a religiosidade (com destaque para a doutrina espírita) e as novidades que chegavam pela ferrovia sempre mereceram destaque nas páginas do jornal. Machado de Assis, Flaubert, Charles Dickens, Baudelaire e outros cânones tiveram suas obras publicadas – em capítulos – no jornal, contribuindo para que ele tivesse um tom acentuadamente literário.
Desde 1996, a única coleção física da primeira fase do jornal “O Progresso”/”Diário dos Campos” (1907-1924) está sob guarda da Casa da Memória Paraná, unidade vinculada a Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa. Apesar de lacunas, em especial nos dois anos iniciais(1907/1909), boa parte das edições está preservada e em condição de pesquisa. Desde a década de 2000, uma aproximação entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa – viabilizada por um projeto coordenado pelos professores Edson Armando Silva (Departamento de História) e Gerson Kniphoff da Cruz (Departamento de Física) – e a Casa da Memória deu início ao processo de digitalização das primeiras edições do periódico.
Em 2015, a criação do repositório Memórias Digitais no Museu Campos Gerais propiciou a aproximação institucional entre a CMP e o MCG. Esses dois importantes centros de documentação reservam coleções documentais fundamentais para os estudos históricos a respeito de Ponta Grossa e da região dos Campos Gerais, entre as quais, a série do “Diário dos Campos” a partir de 1932.
Neste primeiro momento, o repositório Memórias Digitais disponibiliza as primeiras edições do jornal “O Progresso”/”Diário dos Campos” referentes ao período 1909-1924, a ser complementado em futuras atualizações, estas edições foram tratados no MCG a partir do projeto de digitalização iniciado na década de 2000, conforme citado anteriormente. Mesmo com lacunas, a coleção aqui disponibilizada permite aos pesquisadores o acesso a um grande volume de informações a partir do discurso jornalístico produzido nesse tradicional periódico.
Texto de: Niltonci Batista Chaves (diretor do Museu Campos Gerais)
Pode-se dizer que, ao circular pela primeira vez, em 27 de abril de 1907, “O Progresso” – que a partir de 1913 passaria a se chamar “Diário dos Campos” – inaugurou, efetivamente, a história do jornalismo impresso em Ponta Grossa, na medida em que o jornal – inicialmente publicado duas vezes por semana e, posteriormente, com circulação diária – se consolidou como primeiro veículo de comunicação local, ocupando exclusivamente essa condição até o início da década de 1940.
Pelo “O Progresso”/”Diário dos Campos” passaram – nas primeiras décadas do século XX – grandes nomes do jornalismo paranaense, como: Hugo Reis, Raul Gomes, Teixeira Coelho, José Cadilhe e Wilson Martins. No conjunto, atuaram como jornalistas, redatores, cronistas, repórteres, poetas, contistas, colunistas ou, até mesmo, colaboradores pontuais. Além de trazer informações sobre acontecimentos nacionais e internacionais (copiados de jornais de grande circulação), o periódico fundado por Jacob Holzmann se caracterizou por narrar o cotidiano local e regional.
Notícias e análises do mundo político ponta-grossense (uma das grandes marcas do jornal nesse período), uma extensa cobertura sobre o campo cultural, sobre o desenvolvimento econômico e também a respeito das disputas esportivas – em especial sobre as escaramuças nos gramados locais – fizeram parte das páginas do jornal. Da mesma forma, o universo policial, o comportamento social, o que então se chamava de ‘mundo feminino’, a religiosidade (com destaque para a doutrina espírita) e as novidades que chegavam pela ferrovia sempre mereceram destaque nas páginas do jornal. Machado de Assis, Flaubert, Charles Dickens, Baudelaire e outros cânones tiveram suas obras publicadas – em capítulos – no jornal, contribuindo para que ele tivesse um tom acentuadamente literário.
Desde 1996, a única coleção física da primeira fase do jornal “O Progresso”/”Diário dos Campos” (1907-1924) está sob guarda da Casa da Memória Paraná, unidade vinculada a Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa. Apesar de lacunas, em especial nos dois anos iniciais(1907/1909), boa parte das edições está preservada e em condição de pesquisa. Desde a década de 2000, uma aproximação entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa – viabilizada por um projeto coordenado pelos professores Edson Armando Silva (Departamento de História) e Gerson Kniphoff da Cruz (Departamento de Física) – e a Casa da Memória deu início ao processo de digitalização das primeiras edições do periódico.
Em 2015, a criação do repositório Memórias Digitais no Museu Campos Gerais propiciou a aproximação institucional entre a CMP e o MCG. Esses dois importantes centros de documentação reservam coleções documentais fundamentais para os estudos históricos a respeito de Ponta Grossa e da região dos Campos Gerais, entre as quais, a série do “Diário dos Campos” a partir de 1932.
Neste primeiro momento, o repositório Memórias Digitais disponibiliza as primeiras edições do jornal “O Progresso”/”Diário dos Campos” referentes ao período 1909-1924, a ser complementado em futuras atualizações, estas edições foram tratados no MCG a partir do projeto de digitalização iniciado na década de 2000, conforme citado anteriormente. Mesmo com lacunas, a coleção aqui disponibilizada permite aos pesquisadores o acesso a um grande volume de informações a partir do discurso jornalístico produzido nesse tradicional periódico.
Texto de: Niltonci Batista Chaves (diretor do Museu Campos Gerais)
Autoria
Diário dos Campos
Editor
Núcleo de Digitalização do Museu Campos Gerais
João Paulo Leandro de Almeida
Gabriele Alessandra de Lima Pedroso
Ricardo Enguel Gonçalves
João Paulo Leandro de Almeida
Gabriele Alessandra de Lima Pedroso
Ricardo Enguel Gonçalves
Data
1909 -
Colaborador
Casa da Memória Paraná
Idioma
Português
Tipo
Jornal
Árvore de Coleções
- Casa da Memória
- Diário dos Campos / O Progresso